sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Que a estrela do Resende Futebol Clube Brilhe . . .

Resende Futebol Clube - 1909
Primeiro time - Ano de Fundação
- 06 de junho de 1909 -
Escalação: Antenor Ferreira, Pedro Ferreira, João de Souza Leal, João Pinheiro Guimarães, Chico Soares, Antonio Português, José Domingos dos Santos, Artur Martins, Mário Guimarães, Francisco Maia e Felipe Bruno.
Fonte: Acervo do Arquivo Histórico Municipal de Resende.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Você Conhece ?

A Praça da Bandeira e o Trenzinho... Uma locomotiva que encontra-se hoje na Praça da Bandeira, em frente à Estação da Estrada de Ferro Central do Brasil. Trata-se de uma locomotiva fabricada em 1911, em Berlim (Alemanha), por ORENSTEIN SKOPPEL, sendo seu peso de 7.000 Kg, e bitola de 0,60cm: Foi adquirida pelo Brasil em 1920, tendo sofrido seu último reparo em 1961. Sua capacidade de carga é de 180 toneladas em tangente e nível. A locomotiva encontra-se em perfeito estado de conservação, bastando colocar-se água e acender a fornalha para que funcione. Antes de vir para Resende funcionou no Serviço de Rebaixamento de Túneis entre Humberto Antunes e Paulo de Frontin. Em 1928 veio para trabalhar na Pedreira de Inspetor Otacílio nesta residência, onde ficou até agosto de 1959. Dali foi para reparação geral, ficando pronta em 1961 e sendo, então, lotada na Olaria de Queluz, onde não chegou a trabalhar. O responsável pela sua colocação na Praça da Bandeira (Resende), desde 1971, é o Engenheiro José Alfredo Borges Moura, naquela época engenheiro residente em nossa cidade. Por diversas vezes a locomotiva esteve para ser levada para outro local, só não acontecendo isto graças à obtinação do dr. Borges Moura. Hoje o “trenzinho” – já faz parte de nosso cenário sendo motivo de curiosidades dos visitantes que passam pela praça. REVISTA ACIAR – FEV./88

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

É Carnaval . . .

“Naquele tempo, cantavam-se marchas e sambas e as figuras principais dos blocos eram o rei e a rainha”. O samba aqui no Alto dos Passos nasce com as pessoas. Em 1936 já existia. Era uma batucada que se fazia todos os sábados em terreno ao lado do cemitério Alto dos Passos, parada de tropas que vinham da Serra da Bocaína, trazendo galinhas, ovos, toucinho, banha e lenha para o comércio da cidade. Aquela batucada, três anos depois, passou para a casa do Irenio e em seguida foi oficializada, numa sede própria em 11 de março de 1941 e passou a se chamar Democrático Clube de Foliões do Morro, ou Bloco do Irenio como ficou conhecido. Chico disse que, naquela ocasião, cantavam-se marchas e sambas durante a apresentação do bloco, e as figuras principais eram os reis e as rainhas. Nota-se, com estas características, a influência do rancho nas comemorações de carnaval, hoje absorvido quase que totalmente, pelas escolas de samba, que ao invés dos reis e rainhas trazem Mestres-Salas e Portas-Bandeiras, substituindo as marchas pelo samba corrido, bem batucado, o chamado samba enredo. Chico lembra que o Alto dos Passos sempre foi muito rico em samba. Até que em abril de 72, após uma festa de Judas, a Baiana Rosa, o próprio Chico Preto, Vicente do Botequim, Zé Passos, Zé Catador, Alaor e Élcio Barros (o Minuto) fundaram o Grêmio Recreativo Escola de Samba Alto dos Passos, até hoje na avenida. Nasceu no morro do Sacopã, se criou até 24 anos no morro do Salgueiro, mas escolheu Resende para morar, casar, ser pai, avô e dar sua contribuição ao samba este é José Teodoro da Silva, o Barra Mansa. Hoje aposentado, lavador de carros em Campos Elíseos, e membro da velha guarda da Escola de Samba Unidos do Manejo. Barra Mansa conta que, em 52, saiu o primeiro bloco do bairro do Manejo. “Tinha muita gente de mulher, foi uma alegria total no Bairro”. Em 53, graças à colaboração de Chiquinho Pereira, eles conseguiram uma sede no local onde se encontra o Bar Odeon. Ali puderam se organizar realizando festas e bailes durante todo o ano, para arrecadar fundos para o bloco. Com a sede, o negócio começou a tomar corpo. Ficou mais organizado. Todo sábado tinha baile e todo o dinheiro era para o bloco. Barra Mansa lembra que o bloco do Manejo, antes de vir à Praça Oliveira Botelho, tinha que passar pela casa do Senhor Neném Pinto, o “grande senhor do bairro Manejo”. Ele comandava o bairro, mas não era só de boca. Ele era o braço forte de nosso bloco, tudo que a gente precisava, de dinheiro e material ele dava. Por isso, sempre que íamos desfilar, passávamos pela casa dele. “Quando entrávamos na avenida, era um tal de fazer fogueira para esquentar os couros, pois não existia instrumento de tarracha”. Ele lembra do mais trágico acidente ocorrido no carnaval resendense. Foi em 61. Nós estávamos parados em frente ao bar, que é hoje do Vicente Diogo, naquele tempo saíamos com uma corda em torno do bloco, de repente passou um ônibus, enroscou na corda e deu uma rasteira em todo mundo, deixando muitos no hospital e alguns até aleijados. Barra Mansa lembrou ainda das fogueiras que se faziam antes dos blocos desfilarem. Naquele tempo não existia instrumento de tarracha. A gente tinha que esquentar os couros todas as vezes que saíamos. Então, quando entrávamos na avenida, era um tal de fazer fogueira!

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Reminiscências . . .

Primeiro Samba de Enredo de Resende Samba de Enredo da Escola de Samba Unidos da Nova Liberdade Compositor: Sebastião Francisco de Oliveira (Estrela) Um minuto de silêncio Nós pedimos senhor. Esta escola está de luto Pelo seu apitador Rende hoje uma homenagem José Luiz Vieira Foi um grande apitador Ele partiu para o além Mas a saudade ficou Ficou morando em nossos corações Em um tributo de carinho Prestomo-lhe nossas saudações Este samba, do início dos anos 60, é da fase de transição ou transformação dos grupos (blocos) em Escolas de Samba. Até então se cantavam, nos desfiles, sambas e marchas, sucessos no carnaval, composto em homenagem póstuma a José Luiz Vieira, Mestre de Bateria, apitador, como era chamado naquela época.Cercado do carinho de parentes e amigos, Estrela faleceu no dia 29 de maio de 2004 e ainda em vida mereceu uma sugestiva reportagem na TV Rio Sul. naval do ano. Pelo que se sabe, este foi o primeiro samba de enredo do carnaval de Resende
Jornal A lira de 1982 A Folia de Antigamente Eram todos anônimos trabalhadores. Dividiam o tempo entre a profissão e o samba. Como operários, ganhavam o sustento, como sambistas, aplausos e uma grande emoção, mistura de satisfação interior pelo cumprimento de uma tradição, que lhes foi legada pelos seus antepassados, com a alegria que brotava no bailar dos corpos ao sincopado som do samba. Manuel Adão, Chico Preto, Barra Mansa e Oberdan são pessoas que viveram assim, organizando blocos, fazendo batucadas, dançando pelas ruas, dando vazão à sua criatividade inata. E a partir do momento em que o carnaval passou a apresentar a maior manifestação cultural popular deste país, eles se tornaram muito mais do que velhos sambistas: são peças vivas do folclore popular. Entram para a história. Oberdan grande folião de carnavais passados, gostava de um carnaval de rua, mas não dispensava os bailes em clubes – na década de 40 o quente era no Resende Futebol Clube e no antigo Cinema Central. Ele participou de escolas de samba, vestiu de mulher, mas nunca quis ser Rei Momo, pois lhe contavam que três ou quatro Reis Momos morreram um ano após terem saído da avenida. Oberdan sambou na escola de Campos Elíseos, criada em 1941 por um grupo de cariocas que vieram construir a academia militar. Vieram muitos cariocas que gostavam de se vestir muito bem, e no carnaval colocaram a escola na rua. Tinham o seu China e sua mulher Laurita, que dançavam que era uma beleza. Em 47, o Geraldo Bezerra, João Pereira Gomes e eu criamos o azul e branco que tinha mais 300 participantes. As presenças marcantes eram o rei e rainha, e não havia carros alegóricos. Relembrando os velhos tempos, Oberdan conta como se deu o aparecimento das escolas de samba. Depois foram surgindo outras escolas como a Monte Castelo, a Ipiranga, Última Hora, e aqui no Alto dos Passos surgiu a Irene que é raiz da atual escola daqui de cima. Essa escola morreu e, para voltar o samba no morro, a Rosa – uma das baianas mais conhecidas do Alto dos Passos e que morreu há alguns meses – fundou o bloco do Cana, que saia com uma cana na mão e tomando outras. Isso incrementou a moçada, ressurgindo a escola. Fui presidente vários anos da escola, entreguei-a para a nova diretoria como Tetra Campeã. “No carnaval de outros tempos tinha gente de mascarado, e quando Oberdan saía vestido de mulher com seus amigos Chucho, Loreti e Nelinho Escobar, o “quente era carregar muito lança-perfume e sair jogando em todo mundo, o confete era tanto que, no dia seguinte a praça ficava com mais de um palmo de confetes espalhados por todos os lados.” Outro folião da antiga é Manoel Adão que, em menos de duas semanas, criou a escola de samba Última Hora, depois de ver uma batalha de confetes na Praça Oliveira Botelho. Isso aconteceu em 1954, e sua escola durou cerva de 5 anos. Na primeira vez que saímos tínhamos 8 dias para ensaiar e 8 dias para confeccionar as fantasias. Saímos convidando os casais amigos e formamos uns 20 pares, fora a bateria. Para a Última Hora sair em apenas duas semanas, foi preciso imporvisar: todos os componentes saíram de calça azul marinho e blusa branca, e as mulheres de saia azul. Mesmo com a rapidez com que foi criada, a Última Hora saiu vitoriosa. Esse foi o começo de mais seis vitórias conquistadas nos carnavais seguintes. Quando uma escola saía vencedora, era tradicional ela vir por um lado da praça e qualquer uma das perdedoras por outro lado, e em frente da rádio Agulhas Negras, se encontrarem e trocavam os pares: a rainha dançava com o rei da outra escola. Era para mostrar que a amizade continuava. Hoje isso não acontece mais e uma escola quer é matar a outra – comenta Manuel Adão. Ao sair vencedora, a escola recebia uma quantia da Prefeitura e taças dos comerciantes da cidade. O Monte Castelo, ao sair campeão, jogou sua taça no rio Paraíba, pois achou que era muito vagabunda. O carnaval era assim, acontecia muito sadio. Ele mora no Santo Cruzeiro, atrás de catacumbas destruídas na última década do século passado, no Alto dos Passos. Um endereço místico e lendário, palco dos amores de Jacira e Tabara, índios puris protagonistas da lenda do Tymburibá, a mais tradicional da cidade. Foi um dos fundadores do primeiro bloco carnavalesco da margem direita do Paraíba: Democrático Clube de Foliões do Morro (do outro lado já existia o pioneiro Chuveiro de Prata). Tem 62 anos e boa parte da história de nosso carnaval para contar. Seu nome é Francisco Marcílio de Oliveira, “mas prefiro que me chamem de Chico Preto”.

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

O nosso Carnaval . . .

A trajetória do nosso carnaval é extensa, por isso vamos resumi-la, não seguindo a cronologia que estávamos seguindo de ano a ano, todos os dados sobre a história do Carnaval Resendense está no Livro – Fragmentos dos últimos oitenta anos do carnaval de Resende, escrita por Claudionor Rosa, temos um exemplar para consulta interna no Arquivo Histórico
Em 1944, na memória do carnaval de Resende pela 1a vez encontramos a citação do termo Escola de Samba. As agremiações eram: Escola de Samba Unidos do Monte Castelo Escola de Samba Azul e Branco (Campos Elíseos) Em 1947, foi o ano da fundação do Grêmio Recreativo Unidos do Monte Castelo (GRUMC), local este de grandes bailes e cenário da escola de samba daquele bairro. Cada agremiação pagou para desfilar a taxa de 25 cruzeiros, revertida em prol das obras da Igreja Matriz, vitima de incêndio em 1945. As agremiações eram: Unidos do Monte Castelo Azul e Branco (Campos Elíseos) Foliões do Morro (Alto dos Passos) Em 1952, ano da criação do Bloco Carnavalesco Unidos do Manejo, embrião da futura Escola de Samba Unidos do Manejo, cores oficiais: verde, vermelho e branco. Fundadores do bloco: Assis Bastos, Noventa, Djalma Alves e Antunes. Em 1959, apareceu na folia o bloco O Foguete e a Lua, embrião da futura Escola de Samba Unidos da Nova Liberdade. 1961 marca o ano da fundação do Grêmio Recreativo Escola de Samba Unidos da Nova Liberdade, fundadores: Lourenço, Geraldo Nogueira, Enecázio, Waldomiro e Sebastiãozinho. Cores oficiais: amarelo, azul e branco. A partir desta década a transição (transformação) dos grupos, blocos em Escola de Samba, e a composição de sambas próprios. Até então se cantavam nos desfiles sambas e marchas de sucesso no carnaval do ano, ditadas pelo Rio de Janeiro. 1972, marca o ano de fundação do Grêmio Recrativo Escola de Samba Alto dos Passos, cores oficiais: verde e rosa. Foi durante uma festa de Judas deste anos, que a baiana Rosa, Alaor, Vicente de Carvalho, José Passos, José Cataldo, Hélcio Barros, Ênio Silva e Chico Preto resolveram se unir para fundar a escola. Já em 1973 criou-se o Bloco Carnavalesco Unidos do Lavapés, pelos foliões: Carlos Maduro (Calilo), Ademir Vieira e Marcos Leão. Cabe lembrar que o bairro do Lavapés no século XIX era um dos pontos de encontro dos foliões resendenses. Ano também que marca a fundação do Grêmio Recreativo Escola de Samba Campos Elíseos, cores oficiais: branco, vermelho e amarelo. Vale ressaltar que o carnaval em Resende começou em Campos Elíseos, inicialmente pelos portugueses que trabalhavam nas balsas e posteriormente na navegação fluvial no Rio Paraíba. Fundadores da escola: José Ramos de Almeida, Clébio de Almeida, Waldinar Jesus, Élcio, Tomaz Siqueira, Orlando, Giuvenduto e Claudionor Rosa. O famoso e tradicional Bloco das Piranhas surgiu no ano de 1975, cabe ressaltar que antes mesmo do seu surgimento, não era raro deparar com foliões “vestidos de mulher”, como por exemplo, o carteiro Walter Velloso (Chuncho). Vindos de diferentes pontos da cidade os participantes do bloco das piranhas a princípio se concentravam em frente ao bar da Dodô e a seguir para a Praça. O ano também marcou a fundação do bloco Mocidade Alegre da Vila Vicentina. A Escola de Samba Império do Cisne Azul, a caçulinha da cidade, surgiu em 1979, fundada por um grupo de dissidentes da Escola de Samba do Alto dos Passos: Celso Almeida, Totonho de Almeida, Mirinho, Veloso, Menininho, Zeca, Elclides e Fidulinho, cores oficiais: azul e branco. A prof. Sônia Leite presidiu a comissão organizadora. A Associação das Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos de Resende, nasceu nos idos 1980, imprimiu um novo ritmo ao carnaval a partir do apoio da Prefeitura Municipal e outros colaboradores.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Trajetória do nosso carnaval . . .

1915 Sociedades Carnavalescas - Sociedade Democrática Triumpho do Lavapés - Internacional de Campos Elíseos Cordões - Flor do Deserto - Lyra do Amor - Guerreiros do Lavapés Bailes no Teatro Central, no Cinema Teatro Campos Elíseos e no Mercado dos Produtores, atual Espaço Z, inaugurado no ano anterior. Barulho ensurdecedor dos “Zé Pereiras” já vem fazendo os seus efeitos entusiasmados para os três dias de folia que céleres se aproximam. A sociedade carnavalesca internacional promete belos carros, a novidade deste ano e que a guarda de honra de um dos carros da internacional vem montado e bicicletas. Os cordões e os ranchos prometem também muita beleza. Avante rapaziada e sebo nas canelas. Toca pro pau! Baile no coreto da Praça com a Banda Eutepe Resendense, regida pelo Maestro Honorato Ferreira. 1916
Sociedades Carnavalescas - Sociedade Democrática Triumpho do Lavapés - Internacional de Campos Elíseos Cordões - Flor do Deserto - Lyra do Amor - Guerreiros do Lavapés - Mimosas Música mais cantada no carnaval: O meu boi morreu, do folclore Nordestino. Apresentou-se também a banda de música Euterpe de Resende, carnaval com grande participação de crianças e jovens.
Desabafo: Escrito numa tabuleta um dos elementos de certo bloco escreveu: Nesta época de avacalhamento. O carnaval e que é coisa séria. Política cheia de fingimento. Só quer comer. É tudo mais e léria. Viva a folia Toca a folgar Reina a alegria Vamos brincar. Alguns políticos não gostaram chamaram a polícia e tentaram impedir o desfile com a placa. O povo reagiu e a polícia deixou o bloco em paz. Jornal A Lyra 1916. 1917 - Sociedades Carnavalescas Sociedade Democrática Triumpho do Lavapés Internacional de Campos Elíseos - Cordões Flor do Deserto Lyra do Amor Grupo Reco-Reco De Campos Elíseos saiu um grupo de baianas e na última noite de carnaval um grupo de rapazes, representando a Embaixada da Paz, brincou pela cidade. Música cantada no carnaval: Pelo telefone, do compositor Donga, considerado o 1o samba gravado na história popular brasileira. 1918
- Sociedades Carnavalescas Sociedade Democrática Triumpho do Lavapés Internacional de Campos Elíseos - Cordões Lyra do Amor Guerreiros do Lavapés Os Endiabrados Ano de fundação do Cordão do Bola Preta no Rio de Janeiro. A Sociedade Democrática Triumpho do Lavapés além dos belos carros que apresentou no desfile, promoveu um baile à fantasia em Campos Elíseos. Este ano registra a fundação do Grupo Carnavalesco Folgazão da Atualidade, instalado em Campos Elíseos, próximo a ponte metálica. Diretor Lord Diademo, vice-diretor: Lord Tabajara. Tesoureiro: Damião Lobo (funcionário da Estrada de Ferro Central do Brasil). Música mais cantada no carnaval: A Baratinha. 1919 - Sociedades Carnavalescas Sociedade Democrática Triumpho do Lavapés Internacional de Campos Elíseos Apresentou-se a banda de música do Maestro Geraldão. Inauguração do Cinema Recreio no Mercado dos Produtores, com grande batalha de confetes. Carnaval sem participação dos blocos e dos cordões, mas com banda de música e batalhas de lança-perfumes, serpentinas e confetes. Música mais cantada no carnaval: Já te digo – José Barbosa da Silva (Sinhô). 1920 - Sociedades Carnavalescas Sociedade Democrática Triumpho do Lavapés Internacional de Campos Elíseos - Grupo Zuzuca Meu Bem Banda do Maestro Geraldão. Ano de Fundação da Banda de Música Centro Musical de Resende. Consolidam-se, no Rio de Janeiro, as marchinhas carnavalescas. Musica mais cantada no carnaval: Pé de Anjo – Sinhô.

Fonte: Fragmentos dos últimos 80 anos do carnaval em Resende. ROSA, Claudionor - Monografia

Foto: Acervo do Arquivo Histórico Municipal de Resende.

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Trajetória do nosso carnaval. . .

Século XIX No final deste século, Chiquinha Gonzaga compôs a famosa marchinha Abra-Alas, protótipo da canção carnavalesca. A título de curiosidade cabe registrar que nesta época, em 1901, o poeta Luiz Pistarini compôs o Hino do Centenário de Resende, com música do maestro Lucas Ferraz. No entanto a autoria do nosso hino é também atribuída (até publicada em revistas) como sendo da maestrina Chiquinha Gonzaga. 1900 a 1910 Faltam informações sobe o carnaval de Resende desta era pela ausência de exemplares de jornais da época entre eles o Tymburibá (Alfredo Sodré) e A Lyra (Ademar Vieira). Além das músicas de Chiquinha Gonzaga, e a inauguração da Ponte Metálica, a grande novidade foi o surgimento do Lança Perfuma em 1906, que veio juntar-se ao já popular Confete, moda que trouxeram da França em 1897, e a Serpentina. Carnaval prejudicado pela ameaça constante em alguns anos da assustadora presença da febre amarela. 1911 Carnaval com muita chuva, mesmo assim apresentaram-se bandas de música e mascarados “pulando” pelas ruas. Um grupo de mascarados tentou fazer um grito de carnaval, porém foram impedidos pela polícia. Não desistiram de inovar e improvisaram a travessia do rio da Cidade para Campos Elíseos em canos enfeitados. No século XIX era comum durante o carnaval as balsas que operavam a ligação das duas partes da cidade também serem enfeitadas. 1912 Poucos dias antes do carnaval morreu o Barão do Rio Branco, personalidade da época, por este motivo oficialmente o carnaval foi transferido para o mês de abril. Mesmo assim em Resende e outras cidades houve cantorias e danças. Em abril foi um fracasso, consta que a mudança da data só deu certo no Rio de Janeiro. 1913
Sociedades Carnavalescas Sociedade Democrática Triumpho do Lavapés Participaram do carnaval deste ano várias bandas de música, sendo uma delas da cidade paulista de Queluz. Aliás, eram comuns os resendenses se apresentarem nas cidades vizinhas. Inauguração: Instalou-se com grande festa no dia 9 de fevereiro, nesta cidade, A Sociedade Democrática Triumpho do Lavapés para comemorar o carnaval. Para presidente foi escolhido o sr. Raphael Gimenez. No dia 18 de fevereiro ficou definitivamente fundado o Internacional Clube Carnavalesco, com sede em Campos Elíseos, tendo como presidente o Sr. Armando Novaes. 1914
Sociedades Carnavalescas Sociedade Democrática Triumpho do Lavapés Internacional de Campos Elíseos Cordões Flor do Deserto Lyra do Amor Guerreiros do Lavapés Apresentou-se durante o carnaval, aliás, muito concorrido com a vinda de muitos foliões de outras cidades a banda de música Santa Cecília. No Rio de Janeiro, ainda antes do surgimento das Escolas de Samba, reinavam absolutos os Ranchos e as Sociedades. Sociedades estas com vistosos préstitos (carro alegórico) a tração animal e depois motorizado, românticos e também críticos. Guardadas as devidas proporções, em Resende não eram diferentes e as Sociedades produziam belos desfiles sem similares na região, e atraía foliões da região e até de cidades mais distantes. Para se ter uma idéia publicamos a rota da Sociedade Democrática Triunfo do Lavapés e Internacional de Campos Elíseos no carnaval deste ano, sem contar que a maioria das ruas não eram calçadas. Sociedade Democrática Triumpho do Lavapés Trajetória: - Saída No Centro: Rua da Misericórdia (Eduardo Cotrim) Largo da Matriz Rua dos Voluntários (Dr. Cunha Ferreira) Largo e Ladeira do Rosário Praça da Concórdia Ponte Metálica (Ponte Velha) Em Campos Elíseos: Avenida Albino de Almeida (antiga Rua da Estação) Rua do Presidente (Alfredo Whately) Mariano Procópio (Coronel Brasiel) Regresso: No Centro: Ladeira do Maurity (Dr. Luiz Barreto) Largo da Matriz (Praça Dr. Oliveira Botelho) Rua da Misericórdia (Eduardo Cotrim) Um dos carros homenageou o político Dr. Alfredo Chaves de Oliveira Botelho. Internacional de Campos Elíseos Ordem do desfile: Banda de Clarins Banda Música Guarda de Honras. Carros de Críticas (5, todos com guarda de honra) Carro com Reclame (cerveja Rosalina fabricada em Resende) Trajetória - Saída: Campos Elíseos - Rua do Presidente - Mariano Procópio - Luiz de Camões - Albino de Almeida - Ponte Velha Cidade - Ladeira Maurity - Largo da Matriz - Rua Ouvidor (Dr. João Maia) - Tymburibá - Misericórdia Regresso Cidade - Rua do Rosário - Rua Tymburibá - Largo do Centenário - Rua Voluntários da Pátria - Rua São Jorge - Praça da Concórdia - Ponte Velha Campos Elíseos - Av. Albino de Almeida
Nota: até hoje não descobrimos onde ficava a Rua São Jorge
Fantasiadas (os) : Palhaço Yole Rodrigues Japonesa Yolanda Rodrigues Cigana Laís Pistarini (filha do poeta Luiz Pistarini) Dançarina Irene Nascimento Pierrô Irineu do Nascimento Japonês Tácito Viana Rodrigues Borboleta Adelaide Rodrigues Bailarina Adelaide Anechino Marinheira Mathilde Escolbar Diana Iracema Villaça Tirolesa Dorvalina Villaça Música mais cantada no carnaval: Cabocla do caxangá – Augusto Calheiros.

sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

A Evolução do Carnaval de Resende . . .

Vencidas as barreiras conservadoras e/ou religiosas, a festa cresceu e, tal qual a sociedade resendense, passou por transformações, recebeu boas e más influências, sobretudo do carnaval do Rio de Janeiro. No decorrer dos tempos, a festa de momo foi animada pelos cordões, grupos, blocos, ranchos e as bandas de música, presenças constantes nas ruas e nos clubes do carnaval de outrora. São também saudosos os bailes e concursos de fantasias chiques nos bailes, populares nos cinemas e até nos circos, ao som de saudosas marchinhas e sambas. Hoje esquecidos no repertório carnavalesco, as batalhas de confetes e lança-perfumes na Praça Dr. Oliveira Botelho onde cada família reservava bancos, para se reunir e brincar (ricos de um lado, os pobres e negros do outro lado – espécie de linha divisória que infelizmente existiu por vários anos). A noite, a animação se transferia para os recintos fechados. Era a época do cenário ideal para Arlequins, Colombinas, Ciganas, Havaianas, Marinheiros, Mascarados e tantos outros fantasiados hoje ausentes. Quantas saudades das decorações da praça e dos clubes, algumas abordando temas do momento, como “O Homem na Lua”, por exemplo, a maioria obras do saudoso Manoel Queiroz. A partir de 1914, com a chegada dos nossos primeiros carros e caminhões, surgiram os Corsos e os Carros Alegóricos, principalmente do Resende Futebol Clube, com saudações festivas e críticas políticas, às vezes mal interpretadas pelos políticos citados. Carros estes na sua maioria confeccionados pela dupla Dito Novaes e Custódio Novaes. No final dos anos 50, consolidou-se a chegada das Escolas de Samba, Blocos de Enredo e de Embalo, trazendo mais brilho e emoção dos campeonatos. Na seqüência, chegaram os badalados Bloco das Piranhas, da Banda do Funil e outros. Foi criada a Associação das Escolas de Samba e Blocos Carnavalescos, e na década de 80, os desfiles foram transferidos da já saturada Praça Dr. Oliveira Botelho, para a Avenida Rita Ferreira da Rocha (Beira Rio), com notório progresso para as agremiações e públicos. Cabe ainda ressaltar a criação do Baile do Sereno, em 1982, promovido pela Prefeitura Municipal, que todos os anos balançam o chão da praça. Com a chegada da era das Escolas de Samba, aos poucos acabou o uso do tradicional “Livro de Ouro”, instrumento usado pelos sambistas para conseguir apoio material e financeiro para a realização dos desfiles, tarefa assumida integralmente pela Prefeitura Municipal e alguns poucos colaboradores. Se, por um lado, este novo tempo trouxe mais beleza e emoção, por outro, prejudicou sobremaneira o carnaval espontâneo das ruas, o chamado Blocos de Sujo, no entanto, mesmo assim resiste principalmente nos bairros e distritos. Após longa trajetória, a festa chegou até os nossos dias e, apesar de algumas dificuldades, continua a ser a nossa festa maior, identificada com o povo onde tem plantado as suas raízes. Não há como falar de progresso social, político e econômico equilibrado sem se levar em consideração constante vigilância e exercício da necessária identidade cultural, tão importante quanto o ar que respiramos. Ainda que necessitando de resgates e mesmo de atualizações o carnaval é cultura popular, e e merece políticas públicas, não apenas para custeá-lo, mas para promover o salutar encontro, de por exemplo a Prefeitura e as forças comunitárias, alicerce da identidade cultural.O povo para imposto, vota e precisa ter diversão, afinal não é só de pão que o homem vive.
Foto: Acervo do Arquivo Histórico Municipal de Resende
Fonte: Fragmentos dos últimos 80 anos do Carnaval em Resende - Claudionor Rosa

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

História do Carnaval em Resende

Em 1865 ampliou-se ainda mais com a abertura do Salão O Porvenir, de Manuel Espanhol, na travessa do Paraíba n. 5, no bairro Lavapés, atual Rua Padre Manoel dos Anjos, para bailes. No carnaval menores de 14 anos e escravos não podiam entrar. No ano de 1881, no mesmo bairro, foi aberto outro salão O União Rezendense, que separava salas para folia: uma para a presença das famílias e outra para fantasiados e mascarados. Infidelidade: “Consta que maridos infiéis alternavam-se com as esposas nos salões das famílias e com as amantes nos salões das máscaras”. Comentário popular da época O União Rezendense foi erguido na área do atual Colégio Sagrado Coração, da querida Dona Antonina, que em 1970, foi enredo da campeã Escola de Samba Unidos do Manejo, comandada pelo saudoso Aloísio Honorato dos Santos (Lucas). Por volta de 1882, foi fundada a Sociedade Carnavalesca Mephistophes, por Henrique Fonseca (fundador do jornal o Tymburibá), iniciando com 349 sócios, bonitos cordões e carros alegóricos (carretas manuais). Dirigia as suas críticas às autoridades incompetentes, aos fazendeiros que maltratavam seus escravos, atitude talvez inspirada nas sociedades do Rio de Janeiro, que usavam parte das subvenções para comprar a liberdade de escravos. Era também alvo de críticas a Igreja Católica, por sua costumeira perseguição ao culto de São Benedito e outras manifestações dos negros. Apesar de perseguida, esta sociedade do Rio de Janeiro, que usavam parte das subvenções para comprar a liberdade de escravos. Apesar de perseguida, esta sociedade durou vários anos, serviu de modelo para criação de outras.
Além do moralismo exarcebado de certas camadas da população, uma das barreiras iniciais do carnaval em Resende foi a presença do Entrudo (veio para o Rio de Janeiro das ilhas dos Açores, por volta de 1723), brincadeira violenta de se jogar água suja e até objetos nas pessoas. Ação esta reprimida com rigor pela polícia, substituída anos depois pelo mais ameno limão-de-cheiro e pelas bisnagas, seguido pelo lendário Zé Pereira e, por último, o Rei Momo.

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Como estamos em clima de carnaval ...

O blog do Arquivo Histórico também cai na folia, vamos começar hoje uma nova etapa, contando um pouco a história do Carnaval em Resende, depois de conhecer duas mulheres: Maria Benedita - A Rainha do Café, e Carmen Miranda, vamos conhecer e relembrar a trajetória da Folia no nosso munícipio, Vale a pena!
Carnaval em Resende Os colonizadores Portugueses trouxeram carnaval para o Brasil, a folia chegou a Resende na metade do século XIX trazido pelos criativos rapazes da “Santa Cecília”, nossa primeira Banda de Música, fundada em 1848. Os mesmos que, juntamente com o líder Álvaro Silva, fundaram no final daquele século o jornal A Lyra, um dos mais antigos do Estado, que já centenário parou de circular no ano 2000. Com relação a participação do negro na sociedade fluminense, pesquisas recentes apontam que entre outros fatores as bandas de escravos influenciaram no cenário musical do Rio de Janeiro, no surgimento do chorinho e das músicas tocadas no carnaval: Lundus, Batuques que desaguaram no Samba. Somando-se ainda a herança afro nos folguedos brasileiros, entre eles o próprio carnaval. No século XIX, durante a fartura cafeeira, em Resende existiram duas bandas de escravos: a de Maria Benedita – a Rainha do Café e de Luiz da Rocha Miranda – Barão do Bananal. Por volta de 1860, com a localização de barqueiros portugueses em Campos Elíseos, onde promoviam animadas festas, o carnaval atravessou o rio Paraíba, ganhando vida nova e o nosso Zé Pereira: “Está ficando famoso o Zé Pereira dos Campos Elíseos, os portugueses daqui patrícios do Zé Pereira original, sapateiro no Rio de Janeiro, saem à frente animando a folia”.
Jornal Itatiaya – 1870

Foto: Acervo do Arquivo Histórico

Fonte: Monografia - Fragmentos dos últimos 80 Anos do Carnaval em Resende - Claudionor Rosa.

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Cantou muitos sambas é motivo de carnaval . . .

ALÔ, ALÔ TAÍ CARMEN MIRANDA

Uma pequena notável

Cantou muitos sambas

É motivo de carnaval

Pandeiro, camisa listrada

Tornou a baiana internacional

Seu nome corria chão

Na boca de toda gente

Que grilo é esse

Vou embarcar nessa onda

É o Império Serrano que canta

Dando uma de Carmem Miranda

Cai, cai, cai, cai

Quem mandou escorregar

Cai, cai, cai, cai,

eu não vou te levantar.

Composição: Heitor Achiles, Maneco e Wilson Dias Era assim que a Escola de Samba Império Serrano cantava em 1972, Carmen Miranda foi o enredo da Escola com o famoso samba: “Alô, Alô Taí Carmen Miranda”, esse samba enredo tornou-se conhecidíssimo na voz da inesquecível Elis Regina.

Passados 36 anos, em 2008, a escola de samba, no grupo de acesso, homenageou novamente Carmen Miranda com o enredo: “Taí, eu fiz tudo pra você gostar de mim”, nas duas homenagens do samba a pequena notável, a escola foi feliz, em 72 sagrou-se campeã do desfile principal, onde competia com as grandes e tradicionais escolas cariocas, como Mangueira, Portela entre outras. Em 2008 a Escola tentou a sorte novamente, dessa vez no Grupo de Acesso, com acirrada concorrência das demais escolas para conquistar o título e a vaga para desfilar no carnaval de 2009 no Grupo Especial Carioca, foram felizes na escolha, novamente a “portuguesinha que virou rainha...” deu ao Império Serrano a felicidade de um novo título, esse ano de 2009, a escola está no Grupo Especial.

Taí, Eu Fiz Tudo Pra Você Gostar de Mim
Luz divina luz eu quero ouvir o seu cantar Império Serrano é samba é Carmen Miranda, é popular Pequena notável, de ti eu sou fã Oh! deusa dos balangandãs Na imensidão de um sonho Viajei na fantasia No rádio, no cinema, nos cassinos deu um show A fina flor da boemia No tabuleiro da baiana tem? Tem requebrado, tem quitute, tem amor E nesta festa vou sambar também Com pandeiros tamborins e agogôs Sua voz ecôa pelo ar Ao som de lindas marchinhas Seu nome atravessou fronteiras Um buquê de poesias Se internacionalizou, samba ioiô Fez o tio sam sambar samba iaiá Estrela que brilha, tu és maravilha Num lindo céu azul anil A portuguesinha que virou rainha Orgulho deste meu brasil Meu Império outra vez Vem no balanço do seu coração Eu sou Verde-e-Branco com muito orgulho Sou emoção Composição:Marcão, Marcelo Ramos, Vando Diniz, chupeta Henrique Hoffmann, William Black, Celso Ribeiro e Zé Paulo
Fotos: (1) Desfile 2008 - G.R.E.S. Império Serrano (2) Desfile 1972 - G.R.E.S. Império Serrano

quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

As Canções mais famosas da Pequena Notável . . .
As Cinco Estações do Ano (gravada com Lamartine Babo, Mário Reis, Almirante e Grupo do Canhoto em 6 de julho de 1933) Adeus, Batucada (gravada com Orquestra Odeon em 24 de setembro de 1935) Alô... Alô?(gravada com Mário Reis e Grupo do Canhoto em 18 de dezembro de 1933) Ao Voltar do Samba (Arlequim de Bronze) (gravado com o Grupo do Canhoto em 26 de março de 1934) Boneca de Piche (gravada com Almirante e Orquestra Odeon em 31 de agosto de 1938) Cachorro Vira-Lata (gravada com Regional de Benedito Lacerda em 4 de maio de 1937) Cai, Cai (gravada com Bando da Lua em 5 de janeiro de 1941) Camisa Listada (gravada com Grupo da Odeon em 20 de setembro de 1937) Cantores do Rádio (gravada com Aurora Miranda e Orquestra Odeon em 18 de março de 1936) · Chattanooga Choo Choo (gravada com Bando da Lua e Garoto em 25 de julho de 1942) · Chegou a Hora da Fogueira (gravada com Mário Reis e Diabos do Céu em 5 de junho de 1933) · Chica-Chica-Bum-Chic (gravada com Bando da Lua em 5 de janeiro de 1941) · Como "Vaes" Você? (gravada com Ary Barroso e Regional de Pixinguinha e Luperce Miranda em 2 de outubro de 1936) · Cuanto Le Gusta (gravada com Irmãs Andrews e Orquestra de Vic Schoen em 29 de novembro de 1947) · Disseram Que Voltei Americanizada (gravada com Conjunto Odeon em 2 de setembro de 1940) · E Bateu-Se a Chapa (gravada com Regional de Benedito Lacerda em 26 de junho de 1935) · E o Mundo Não Se Acabou (gravada com Regional Odeon em 9 de março de 1938) · Eu Dei (gravada com Regional Odeon em 21 de setembro de 1937) · Eu Também(gravada com Lamartine Babo e Diabos do Céu em 5 de janeiro de 1934) · Goodbye, Boy (gravada com Orquestra Victor Brasileira em 29 de novembro de 1932) · I Like You Very Much (Ai, Ai, Ai) (gravada com Bando da Lua em 5 de janeiro de 1941) · I Make My Money with Bananas · Isto É Lá com Santo Antônio (gravada com Mário Reis e Diabos do Céu em 14 de maio de 1934) · Me Dá, Me Dá (gravada com Regional de Benedito Lacerda em 4 de maio de 1937) · Minha Embaixada Chegou (gravada com Grupo do Canhoto em 28 de setembro de 1934) · Moleque Indigesto (gravada com Lamartine Babo e Grupo Velha Guarda em 5 de janeiro de 1933) · Na Baixa do Sapateiro (Bahia) (gravada com Orquestra Odeon em 17 de outubro de 1938) · Na Batucada da Vida (gravada com Diabos do Céu em 20 de março de 1934) · No Tabuleiro da Baiana (gravada com Luís Barbosa e Regional de Luperce Miranda em 29 de setembro de 1936) · O Que É Que a Baiana Tem? (gravada com Dorival Caymmi e Conjunto Regional em 27 de fevereiro de 1939) · O Tique-Taque do Meu Coração (gravada com Regional de Benedito Lacerda em 7 de agosto de 1935) · Primavera no Rio (gravada com Diabos do Céu em 20 de agosto de 1934) · Querido Adão (gravada com Orquestra Odeon em 26 de setembro de 1935) · Rebola, Bola (gravada com o Bando da Lua em 9 de outubro de 1941) · Recenseamento (gravada com Conjunto Odeon em 27 de setembro de 1940) · Samba Rasgado (gravada com Grupo Odeon em 7 de março de 1938) · Sonho de Papel (gravada com Orquestra Odeon em 10 de maio de 1935) · South American Way (gravada com Bando da Lua e Garoto em 26 de dezembro de 1939) · Taí (Pra Você Gostar de Mim) (gravada com Orquestra Victor em 27 de janeiro de 1930) · Uva de Caminhão (gravada com Conjunto Odeon em 21 de março de 1939) · Voltei pro Morro (gravado com Conjunto Odeon em 2 de setembro de 1940)

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Carmen Miranda - Uma carreira...

Carreira Arstica
O grande sucesso veio a partir de 1930, quando gravou a marcha "Pra Você Gostar de Mim" ("Taí") de Joubert de Carvalho. Antes do fim do ano, já era apontada pelo jornal O País como "a maior cantora brasileira".Em 1933 ajudou a lançar a irmã Aurora na carreira artística. No mesmo ano, assinou um contrato de dois anos com a rádio Mayrink Veiga para ganhar dois contos de réis por mês. Foi a primeira cantora de rádio a merecer contrato, quando a praxe era o cachê por participação. Logo recebeu o apelido de "Cantora do It". Em 30 de outubro realizou sua primeira turnê internacional, apresentando-se em Buenos Aires. Voltou à Argentina no ano seguinte para uma temporada de um mês na Rádio Belgrano.

Carreira cinematográfica no Brasil

Em 20 de janeiro de 1936, estreou o filme Alô, Alô Carnaval com a famosa cena em que ela e Aurora Miranda cantam "Cantoras do Rádio". No mesmo ano, as duas irmãs passaram a integrar o elenco do Cassino da Urca de propriedade de Joaquim Rolla. A partir de então as duas irmãs se dividiram entre o palco do cassino e excursões freqüentes pelo Brasil e Argentina. Depois de uma apresentação para o astro de Hollywood Tyrone Power em 1938, aventou-se a possibilidade de uma carreira nos Estados Unidos. Carmen recebia o fabuloso salário de salário de 30 contos de réis mensais no Cassino da Urca e não se interessou pela idéia.Em 1939, o empresário estadunidense Lee Shubert e a atriz Sonja Henie assistiram ao espetáculo de Carmen no Cassino da Urca. Depois de um espetáculo no transatlântico Normandie, Carmen assinou contrato com o empresário. A execução do contrato não foi imediata, pois a cantora fazia questão de levar o grupo musical Bando da Lua para a acompanhar, mas o empresário estava apenas interessado em Carmen. Depois de voltar para os Estados Unidos, Shubert aceitou a vinda do Bando da Lua. Carmen partiu no navio Uruguai em 4 de maio de 1939, às vésperas da Segunda Guerra Mundial.

Maria Benedita e Carmen Miranda no carnaval 2009

O Bloco da melhor idade do município o “Saudade Não Tem Idade”, vai homenagear as “Duas Mulheres Notáveis” – Maria Benedita e Carmen Miranda: Criado há 5 anos o Bloco Saudade Não Tem Idade, tem por objetivo resgatar, preservar e divulgar as marchinhas do carnaval brasileiro. Para o carnaval de 2009, o bloco fará uma homenagem ao centenário de nascimento da fabulosa Carmen Miranda – renomada artista, que faleceu em 5 de agosto de 1955. saudaremos ainda o Bicentenário de nascimento da resendense Maria Benedita – “A Rainha do Café de Resende”, grande promotora social e festiva do nosso município e região. Entre outros trabalhos Maria Benedita criou e manteve durante anos uma famosa banda musical composta de escravos. Ela faleceu em 1881 e foi sepultada no primeiro mausoléu de mármore de carrara a ser construído no cemitério Senhor dos Passos. O bloco desfilará dia 21 de fevereiro – (sábado) ás 20h. 30 min. De fronte a Rodoviária Velha – Avenida Gustavo Jardim, a concentração será ás 19:30h. na Rua Luis Cleto da Rocha, - próximo ao Teatro de Bolso. Outras informações: (inclusive fantasias) do bloco, pelo telefone 2108 - 3003, ou na Rua Dr. Eduardo Cotrim – 49 – Centro Histórico nos seguintes dias e horários:
seg. feira: 14 ás 17h.
ter. feira: 8 ás 12, 14 ás 17:30h.
qua. feira: 14 ás 17:30h.
qui. feira: 8 ás 12h.
sex. feira: 8 ás 12h.
sábado: 8 ás 12, 14 ás 18h.

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Carmen Miranda

Carmen Miranda, pseudônimo de Maria do Carmo Miranda da Cunha, (Marco de Canaveses, 9 de fevereiro de 1909 — Beverly Hills, 5 de agosto de 1955) foi uma cantora e atriz luso-brasileira. Sua carreira artística transcorreu no Brasil e Estados Unidos entre as décadas de 1930 a 1950. Trabalhou no rádio, no teatro de revista, no cinema e na televisão. Chegou a receber o maior salário até então pago a uma mulher nos Estados Unidos. Seu estilo eclético faz com que seja considerada precursora do tropicalismo, movimento cultural brasileiro surgido no final da década de 1960.
Infância
Carmen Miranda recebeu o nome de Maria do Carmo Miranda da Cunha quando foi batizada no local onde nasceu, a freguesia de Várzea da Ovelha e Aliviada, concelho de Marco de Canaveses, em Portugal. Era a segunda filha do barbeiro José Maria Pinto Cunha (1887-1938) e de Maria Emília Miranda (1886-1971). Ganhou o apelido de Carmen no Brasil, graças ao gosto que seu pai tinha por óperas. Pouco depois de seu nascimento, seu pai, José Maria, emigrou para o Brasil, onde se instalou no Rio de Janeiro. Em 1910, sua mãe, Maria Emília seguiu o marido, acompanhada da filha mais velha, Olinda, e de Carmen, que tinha menos de um ano de idade. Carmen nunca voltou à sua terra natal, o que não impediu que a câmara do concelho de Marco de Canaveses desse seu nome ao museu municipal. No Rio de Janeiro, seu pai abriu um salão de barbeiro na rua da Misericórdia, número 70, em sociedade com um conterrâneo. A família se estabeleceu no sobrado acima do salão. Mas tarde mudaram-se para a rua Joaquim Silva, número 53, na Lapa. No Brasil, nasceram os outros quatro filhos do casal: Amaro (1911), Cecília (1913), Aurora (1915 - 2005) e Oscar (1916). Carmen estudou na escola de freiras Santa Teresa, na rua da Lapa, número 24. Teve seu primeiro emprego aos 14 anos em uma loja de gravatas, e depois numa chapelaria. Contam que foi demitida por passar o tempo cantando, mas seu biógrafo Ruy Castro diz que ela cantava por influência de sua irmã mais velha, Olinda, e que assim atraía clientes. Nesta época, a sua família deixou a Lapa e passou a residir num sobrado na Travessa do Comércio, número 13. Em 1925, Olinda, acometida de tuberculose, voltou a Portugal para tratamento, onde permaneceu até sua morte em 1931. Para complementar a renda familiar, sua mãe passou a administrar uma pensão doméstica que servia refeições para empregados de comércio.Em 1926, Carmen, que tentava ser artista, apareceu incógnita em uma fotografia na seção de cinema do jornalista Pedro Lima da revista Selecta. Em 1929, foi apresentada ao compositor Josué de Barros, que encantado com seu talento passou a promovê-la em gravadoras e teatros. No mesmo ano, gravou na gravadora alemã Brunswick os primeiros discos com o samba Não Vá Sim'bora e o choro Se O Samba é Moda. Pela gravadora Victor, gravou Triste Jandaia e Dona Balbina.

segunda-feira, 2 de fevereiro de 2009

"Alô, alô vem aí Carmen Miranda" ...

No Blog do Arquivo Histórico
Essa semana . . .

Maria Benedita - A Rainha do Café Vive...

Na Memória do povo de Resende
No carnaval de Resende, em 1977, desfilaram as escolas de samba Alto dos Passos, Unidos do Manejo, Campos Elíseos, Unidos da Nova Liberdade e os blocos Castelo Branco, do Paraíso e Unidos do Lavapés. Na preparação para aquele carnaval, o pesquisador Claudionor Rosa apresentou aos diretores da Campos Elíseos, como sugestão, o enredo “O Ouro Verde nas Terras da Velha Província”, alusivo ao ciclo cafeeiro do município, tendo como um dos destaques “Maria Benedita, a Rainha do Café”, cujo histórico havia pesquisado no trabalho Resende, centro dispersor do café no Vale do Paraíba, da historiadora e museóloga Solange Godoy. Outra sugestão, com o mesmo objetivo e também sobre a história do município, foi apresentada pelo coronel Rubens Rosadas, professor da Academia Militar das Agulhs Negras e incentivador de eventos ligados ao folclore brasileiro. O tema propunha uma viagem pelos fatos e pessoas que fizeram a história do local, cabendo também um destaque para a “rainha do café”. A sua idéia venceu, mas por motivos pessoais ele não pode colaborar com a diretoria na montagem do carnaval, cabendo a Claudionor e outros voluntários a tarefa de botar a escola na rua para o desfile. No tocante a Maria Benedita, o tema escolhido para representa-la foi as festivas viagens que fazia de suas fazendas até o seu palacete em Resende. O texto histórico que serviu de base dizia: “...A abastada fazendeira, quando regressava à cidade da sua importante Fazenda Babylonia, despertava a atenção e curiosidade pela vistosa ‘liteira’ que levava, acompanhada de grande número de mucamas e de mulatas faceiras, em vestimentas aparatosas, levando enroscados ao pescoço, colares e contas multicolores...Era a nota de elegância e delícia, esse cortejo feminil, gostosamente comentado pelos jornais...” O samba-enredo, composto por integrantes da escola, numa das estrofes assim se referia à nossa personagem: “Maria Benedita/ Abastada fazendeira/ E suas mucamas formosas/ Luxo... beleza... graça.../ É Campos Elíseos novamente / Balançando a velha praça.” No desenvolvimento do enredo, tentou-se construir uma liteira, idéia desprezada pelo fato de não se encontrar nenhum componente da escola disposto a carregá-la. A outra opção seria usar cavalos, mas o regulamento proibia o uso de animais vivos no desfile. Para representar Maria Benedita foi convidada D. Maria José Veloso, conhecida rainha de alas de baianas de escolas de samba e blocos, sambista desde os tempos dos cordões e do rancho “Chuveiro de Prata”, raízes do carnaval de rua de Resende. Bem fantasiada como sempre, ela teve por séqüito vistosas mucamas e uma ala alusiva à Banda de Escravos. A praça Dr. Oliveira Botelho, ou Praça da Matriz, local do desfile, ficou apinhada de gente e a escola foi muito aplaudida. D. Maria José faleceu em 04 de dezembro de 1994.
DO LIVRO: “MULHERES FLUMINENSES”, editado pelo Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, do Governo do Estado do Rio de Janeiro. Legenda da Foto: Casarão da Fazenda Babylônia de propriedade de Maria Benedita, esse casarão era usado para os ensaios da Banda de Escravos da "Rainha do Café".

“A Rainha do Café” Maria Benedita é seu humilde nome, Em seu tempo brilhou, figura nos anais Da centenária terra, ganhando o cognome Que fez Resende não esquece-la jamais. Foi rica fazendeira, vulto que não some, Testemunho que dão os nossos ancestrais, Nunca um escravo seu penou ou passou fome, Tudo consta sem seus registros informais. Terna e bela que fora, além de poderosa, Tornou-se naquela época, muito famosa, Destaque social deu-lhe e cultural, até. Fez entrar a cidade do Brasil na História, Acrescentou-lhe páginas de imensa glória, É única, sem par, Rainha do Café!...

Wilson Montemór