terça-feira, 31 de março de 2009

Lugares que contam histórias . . .

Santa Casa de Misericórdia de Resende
O Vereador Padre Francisco do Carmo Frois propôs, em sessão da Câmara Municipal, em 4 de abril de 1829, que se abrisse uma subscrição popular para que fosse fundada uma casa de caridade. A 25 de julho de 1835 o padre Manoel dos Anjos Barros, a convite da Câmara Municipal, fundou o hospital de Resende e, a 2 de outubro do mesmo ano, a respectiva irmandade. À abnegação, ao desprendimento franciscano desse sacerdote negro – que vivia maltrapilho e quase descalço, distribuindo com os pobres aquilo que lhe davam, mas que nunca exigia – à caridade desse filho de Minas Gerais, deve Resende os primeiros passos, os mais difíceis, certamente, do modular estabelecimento de caridade, que vem tendo as suas portas sempre abertas á 180 anos.

quinta-feira, 26 de março de 2009

A cem anos atrás . . .

O primeiro jornal de Resende foi o Gênio Brasileiro em 1831, um dos antigos do Estado do Rio de Janeiro, audaciosa obra do benemérito Padre José Marques da Mota. O maquinário para a impressão do jornal o padre trouxe do Rio de Janeiro, em longa viagem no lombo de burro. De lá pra cá e ao longo dos anos surgiram muitos outros jornais: Itatiaya, Rezendense, Astro Resendense, Timburibá, A Lira, O Municipal e tantos outros. Em 1909, portanto há cem anos, foram lançados dois jornais: “A Pérola”, e “Chaleirinha”, ambos editado por Altivo Lobão, comerciante e elegante juiz de futebol. Infelizmente a quase totalidade de exemplares dos jornais de Resende se perderam, com exceção de algumas raridades do Arquivo Histórico. Fotos: Reproduções de originais já digitalizados, arquivados na Biblioteca Nacional do Rio de Janeiro.

quarta-feira, 25 de março de 2009

Parte II - O Futebol também faz parte da nossa história . . .

Com a construção da Escola Militar e com o afluxo de população adventícia, surgiram novos clubes, e, oraganizada a Liga Desportiva de Resende conforme determinação do Conselho Nacional de Desportos, o esporte resendense tomou outra feição com o Campeonato Municipal, disputado por clubes da cidade, Campos Elíseos, Itatiaia, Eng. Passos e Porto Real. Na AMAN surgiu um extraordinário quadro de futebol, composto de cadetes: Assumpção, Lucena, Burman, Narizinho, Dória, Amílcar, Hamilton, Etchepare, Graxaim, Batista, Caminha, Ney e muitos outros. Surgiu o Tabajaras, Campos Elíseos, Alambari, Ordem e Progresso, Lavapés, Flamenguinho, Nacional de Itatiaia, Agulhas Negras, etc. Posteriormente surgiu o Paraíso F. C. que possui, hoje ótima praça de esportes. Com o advento da Rodovia Presidente Dutra e do Maracanã ficou fácil sair após o almoço para assistir jogos do Campeonato Carioca, e voltar no mesmo dia. Com isso, nossos campeonato local se tornaram desinteressantes. Houve época em que os jogos do Rio eram televisionados; ora, quem iria ao campo do Alambari assistir Vila Araújo contra Itapuca, se a televisão proporcionava Flamengo x Botafogo? Qualquer praticante hoje, juvenil, procura um clube maior para experiência e possibilidade de fazer carreira profissional, e, com isso o futebol do interior vai perdendo potencialidade. E Resende não foge à regra... Produziu Resende, nestes quase 80 anos de futebol muitos atletas de renome; explica-se: - não havia lazer para criançada a não ser jogar bola e nadar no Alambari; surgiram praticantes em quase todas as famílias, e, famílias onde surgiram muitos jogadores; tais como: família Pinheiro e Carvalho, com Frederico (tio), Fred (primo), Augusto, João e Noel; a família Nascimento, com Irineu, Ismael e Ismar; a família Brasileiro, com Irineu, Ismael e Ismar; a família brasileiro, com Jezer, Negrinho e Basoca; a família Bruno, com Felipe, Jefferson e Sérgio; a família Veloso, com filhinho, Nelson, Walter e Milton; a família Pelini, com Rodolfo, Xisto e Rodolfo Filho; a família Alves Almeida, com Antonio Morel, Morelzinho e Manoel a família Siqueira, com Sabininho, Walter e Manequinho; a família Gomes, com Zé Gomes e Nininho; a família Santos, com Waldyr e Oscar; família Fernandes, com Joaquim e Tuninho; a família Villaça, com Mário Gambá; a família do Leofrídio Carteiro com Miguel e Nenê Frutinha; a família do Emídio Sacristão, com Otacílio, Zé Nunes e Otavinho; a família Carvalho, com Ninico e os filhos Tião e Ubirajara e, muitas outras. E, poderíamos formar uma seleção dos melhores em todos os tempos com: Batataes, Eros e Eldino; Pacuera, Frederico e Orfeu; - Mário Gambá, Bazóca, Ismael, Átila e Ismar. Texto de Eitel César Fernandes Publicado em Fev/ 1987 pela revista ACIAR.
Foto: Torcida Feminina de Resende - 1925
De pé: Altair Lobo, Elzi de Carvalho, Iris Faria, Laura Gonçalves, Algenívea Lobo, Lúcia Rodrigues.
Sentadas: Clorinda Reis, Eulandina de Carvalho (Didina), Guaracy Villaça, Edith de Carvalho, Jandyra Seabra.

terça-feira, 24 de março de 2009

O futebol também faz parte de nossa história . . .

O futebol chegou em Resende no inicio do século XX, claro que era um futebol muito amador, sem regras, ainda em organização. O primeiro Clube de futebol foi o Fluminense F. C., posteriormente transformado em Resende F. C., com as cores preta e branca. Seu famoso 1o time era respeitado em disputas com cidades vizinhas do Vale do Paraíba. Jogaram nessa época – Dico Novais no gol; Lindo Constantino e Tato Anechino na zaga; Chico Soares e Barbosa na linha média; Mário Gambá, Filhinho Veloso, Rodolfo Peline, Jezer Brasileiro e Lecyr lobato, no ataque. Posteriormente, por influência de Noel de Carvalho, presidente do Bangu A . C., o Resende jogava quase sempre, contra Barra Mansa, Cruzeiro, Guará e outras cidades vizinhas, com alguns jogadores do Bangu, e, que se denominavam “enxertos”. Com a vinda para cá do Fiscal do Imposto de Consumo, Dr. Pedro Rocha, muito ligado ao Botafogo F. C., pois era irmão de Carlito Rocha, integrando-se no movimento esportivo da cidade. Foi eleito presidente do Resende; murou o campo, lançou a pedra fundamental das arquibancadas, e, mais ainda, conscientizou o clube de que deveria formar seus quadros de futebol com os próprios atletas daqui. Conseguiu, portanto, formar um dos melhores grupos de jogadores que Resende já possuiu: Mendonça, Wadyh e Gumercindo; Mineiro ou Villaça, Castorino e Silva Sapateiro, Mário Gambá, Nelson, Jezer, Silveira e Joaquim Fernandes. Em 1930 havia muitos praticantes, mas, somente o Resende F. C., como clube organizado; havia também o Aventureiro F. C., de Campos Elíseos, e o Juvenil, de onde saiu safra extraordinária de jogadores, tais como: Walter Pato Manco, Élmio, Orfeu, Basoca, Ismael, Ismar, Morelzinho e Manoel do Morel, entre outros. O Resende, por seu presidente, Pedro Braile Neto, organizou torneio com quatro equipes capitaneadas por Castorino de Carvalho, Augusto de Carvalho, Mário Villaça e Waldeberto Taranto. O referido torneio proporcionava assistência numerosa às partidas realizadas no campo do Resende, e, revelou série enorme e bons jogadores, que a seu término atingiram o 1o quadro do Resende. Era esse o quadro principal: Waldemar Padre, Walter Pato Manco e Augusto – Gal, Élmio e Orfeu; Sabininho, Marino, Ismael, Basoca e Ismar. Havia, porém, um fato extraordinário no futebol resendense; não era propriamente um clube, nem mesmo um time pois não jogava contra ninguém, era um aglomerado de jogadores, aliás, muitos deles bons, que apenas trinavam aos domingos, de 8 às 13 horas. Era o “Charuto”. e Charuto era o apelido de um crioulo bom, querido por todos e que era dono da bola. Do Charuto saíram grandes jogadores como Miguel do Leofrídio, Ilídio, Eldino, Pacuera e tantos outros. Posteriormente, o Charuto, com o advento da Liga Desportiva de Resende, se transformou no Cruzeiro do Sul F. C. que, aliás, teve vida muito curta. Falamos de Resende, mas o futebol se desenvolveu também nos distritos; em Itatiaia havia o Campo Belo F. C., com o Machado, Goiabinha, Nascimento, irmãos Nunes e outros. Enfrentava o Resende de igual para igual. Em Porto Real havia o Colônia onde pontificavam os irmãos Tupinambá, e, muitos outros. O Engenheiro Passos, de onde veio o extraordinário Filhinho Bojudo.
Texto de Eitel César Fernandes Publicado em Fev/ 1987 pela revista ACIAR.
A foto é de 1926, retrata o Lançamento da pedra fundamental da cosntrução das arquibancadas do campo do Resende Futebol Clube.

terça-feira, 17 de março de 2009

Lugares que contam histórias . . .

Praça Oliveira Botelho Conjunto Arquitetônico do séc. XIX - vê-se ainda o Cine Theatro Central (lado direito), já demolido Década de 1920 - Resende - RJ

segunda-feira, 16 de março de 2009

José Marco Pineschi

O mês de março registra a data de nascimento (13.03) deste simpático personagem da nossa história. Que exerceu expressiva liderança social e política, radicado em Porto Real. entre outros cargos foi presidente do Lions Clube, vereador e prefeito de Resende no período de 31 de janeiro de 1971 a 31 de janeiro de 1973. Bom de papo, Pineschi hoje goza mereceida aposentadoria, junto aos seus familiares na antiga Colônia, depois distrito e atualmente próspero munícipio de Porto Real.
  • Neste mesmo dia em 1975 nasceu em Resende José Junqueira Villa-Forte, almirante, vereador , presidente da Câmara Municipal de Resende, casado com Dalila Junqueira Villa Forte. Faleceu em março de 1941.

sexta-feira, 13 de março de 2009

Efemérides de Março ...

O Arquivo Histórico Municipal de Resende, através dessa ferramenta que é o blog, tem por objetivo levar a vocês um pouco da história de nossa região, todos os meses estaremos colocando as efemerides, que são personalidades que contribuiram na construção de Resende.
José Arísio, mineiro de Martinho Campo, nasceu no dia 16 de março de 1925. Advogado, um dos diretores da SOBEU – Sociedade Barramansense de Ensino – UBM, brilhante orador, jornalista e radialista, durante muitos anos foi baluarte da Rádio Agulhas Negras. Infelizmente Arísio não goza de boa saúde e vive sob os cuidados de seus zelosos familiares. Reinaldo Maia Souto, nasceu em São José do Barreiro – SP, no dia 23 de março de 1892, vindo a residir em Itatiaia onde constitui numerosa prole. Farmacêutico, jornalista, poeta, vereador e presidente da Câmara por sucessivos mandatos. Faleceu em 1969 e foi sepultado em Itatiaia, antigo Campo Belo. Israel Franco Belga, mineiro de Tiradentes, onde nasceu em 24 de março de 1902 – funcionário da Secretaria de Agricultura, jornalista, atuante homem público, fundou e editou alguns anos a Revista “A Granja”. Casado com Elisa Franco Belga, faleceu em 1963, é nome de rua no bairro Surubi. Revista “A Granja” Francisco Tavares Mineiro de Lavras, nasceu em 10 de março de 1893 e radicou-se em Resende onde com sua esposa Lavínia Tavares de Resende, constituíram expressiva família. Fazendeiro, um dos fundadores da Cooperativa Agropecuária, foi seu diretor em diferentes mandatos; ocupou outros cargos de interesse em Resende, Vereador. Faleceu em 1964 e foi sepultado no cemitério Senhor dos Passos. A Primeira Professora Bernarda Emília do Prado Brandão, natural de Ouro Preto – MG, 03 de março de 1816 foi a primeira professora nomeada em Resende, lecionou por mais de 25 anos. Casada com Pedro Alcântara Cordeiro do Vale. Faleceu em 31 de outubro de 1869, é nome de uma simpática escola municipal (antigo grupo escolar), na Vila Moderna.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Efemérides de março . . .

Antonio de Souza Pereira Botafogo - O Primeiro Prefeito de Resende Nascido no Rio de Janeiro em 07 de março de 1877, filho de Antonio Joaquim de Souza Botafogo e Emília Pecegueiro de Souza Botafogo. Formou-se em Engenharia pela Escola de Engenharia do Rio de Janeiro. Engenheiro Chefe da Prefeitura do Rio de Janeiro. Membro da Comissão de Saneamento do Estado do Rio, (Governo Oliveira Botelho). Foi prefeito no período de 10 de Abril de 1913 a 31 de dezembro de 1914. Solteiro, faleceu em 17 de julho 1955. Antes da administração de Antonio Botafogo, ele já estava no município, a convite do então Governador Oliveira Botelho, para planejar a remodelação da cidade. Cabe lembrar que antes da nomeação do nosso primeiro prefeito, cabia a Câmara Municipal exercer o poder Legislativo e Executivo através de seus representantes. Fonte: RESENDE EM REVISTA – PEDREIRA, José Rodrigues. Resende, 1975.

segunda-feira, 9 de março de 2009

José Carlos de Macedo Miranda ou simplesmente Zuza - O menino do Lavapés...

O Blog do Arquivo não poderia deixar de homenagear o patrono da Fundação Casa de Cultura, que ontem, se vivo fosse estaria completanto 89 anos de vida, não poderia também de esquecer das mulheres, principalmente das mulheres resendenses, ou aquelas que vivem ou viveram aqui que construiram e continuam construindo a história do nosso município.

José Carlos de Macedo Miranda: Natural de Resende, nascido em 8 de março de 1920, filho de Carlos Gastão Miranda e Georgina de Macedo Miranda. Advogado formado pela Faculdade de Direito de Niterói, Poeta, Escritor, Jornalista. Autor de vários livros: Hora Amarga – Lady Godiva e tantos outros. Substituiu por várias vezes o Promotor Público. Consultor Jurídico da Prefeitura Municipal de Resende. Foi casado com Enir Macedo Miranda. Faleceu em 5 de Março de 1974.
A Luz Interior (Macedo Miranda) Paraíba Velho Paraíba Velho Estou aqui, Paraíba Velho Eu vim receber de novo do teu seio Todos os segredos que te contei na minha infância Daí-me os teus tesouros de meiguices Paraíba velho Paraíba velho Eu quero o meu primeiro murmúrio de amor Paraíba velho Paraíba velho Devolva-me a folha do meu 1o verso, Que fostes rolando pela tua água espumosa Paraíba velho Paraíba velho Quero tempo em que fui general, Com minha espada de bambu e meu chapéu de jornal. Paraíba Velho Paraíba Velho Ai, Paraíba Velho. Eu quero tanta coisa ... Mas tomo o Itatiaia como testemunha, E a igreja antiga, tão bonita, E o Cruzeiro do alto dos Passos, tão solitário De que mais que a minha infância, De que mais que a minha saudade, De que mais que o pó da minha terra ... pó que hoje sou eu ... eu quero brilho da luz interior. Paraíba Velho Paraíba Velho É pela alma dos meus sonhos que tu rezas ? Paraíba Velho Paraíba Velho ... Tu choras porque viste aqueles olhos que eu vi? Paraíba Velho ... Meu amigo Paraíba Velho ... Meu irmão ...