segunda-feira, 15 de agosto de 2011

CONFIRA O DOCUMENTÁRIO - CORPUS CHRISTI EM RESENDE:

quarta-feira, 25 de maio de 2011

1911 – 2011

Centenário do Colégio Dr. João Maia

A trajetória histórica do ensino das chamadas primeiras letras em Resende é fértil e já merece a criação de trabalho sobre a sua memória. Principalmente sobre a história das escolas, destes casarios e de sua gente, ensinadores e aprendedores...

No final do século XIX registra a instalação da escola complementar, depois Grupo Escolar denominado Hilário Ribeiro, dirigido pelo professor Epiphanio Martins. Abrigada numa casa simples, próximo a Loja Maçônica Lealdade e Brio, área onde funcionava outras escolas (particulares), inclusive na Maçonaria.

Apesar de recém-criada esta escola participou com muito brilhantismo dos festejos promovidos por conta do primeiro Centenário de Resende à 29 de Setembro 1901.

No ano de 1906, os grupos escolares foram substituídos pelas escolas complementares, mas continuou no mesmo local.

Apesar dos bons trabalhos, o crescimento da população, a escola dirigida pela professora Maria Alice Torreizão, ficou pequena para atender a novos alunos.

Centenário do Colégio Dr. João Maia

No festivo 01 de junho de 1911, uma quinta-feira, ao meio dia, a antiga Escola Complementar e Grupo Escolar Hilário Ribeiro, oficialmente foi denominado Dr. João Maia, em homenagem a este eminente personagem de nossa história.

Em que pese a louvável mudança do nome, o grupo escolar continuava incapaz de atender a procura por vagas.

Novo Prédio

No ano de 1925 em 15 de março, num terreno comprado e doado por descendentes do Barão do Bananal (Luís da Rocha Miranda), o governo do Estado do Rio mandou construir na Praça Oliveira Botelho, amplo prédio em estilo colonial. Naquela ano o alunado era composto de 403 alunos, dos quais 288 do sexo feminino. Sua diretora era a professora Maria da Glória Peixoto Santos.

O prédio novo do Grupo Escolar Dr. João Maia, foi benzido pelo Cônego Bulcão e o ato festivo contou com a presença de autoridades, entre elas o governador Feliciano Sodré, o prefeito Thomaz de Aquino, deputado federal Oliveira Botelho, vereadores e o jornalista Alfredo Sodré, orador oficial daquele evento.

Mas a cidade continuou a crescer e fazia-se necessário a abertura de novas salas de aula. Finalmente em 1969, na gestão do governador Geremias Fontes, teve início a tão esperada obra.

A beleza do prédio ficou prejudicada, porque foram demolidas a torre central e as duas janelas que emprestavam-lhe traço colonial. Em compensação o seu espaço foi ampliado, passando a ter dois pavimentos.

A (re)inauguração se deu em 1970, com a presença do governador Geremias Fontes, Dr. Aarão Soares da Rocha – Prefeito Municipal, Dr. Virgílio Alves Diniz – Presidente da Câmara, outras autoridades e grande público.

Finalizando esta simples abordagem sobre o Centenário deste estabelecimento de ensino, responsável pela formação escolar e moral de diferentes gerações. Fornecendo-lhes além da instrução através do ensino, subsídios para a necessária cidadania.

Como curiosidade, cabe lembrar que o festejado romancista Macedo Miranda, sentou nos bancos escolares do João Maia.

Este trabalho se propõe a resgatar, preservar e divulgar a memória deste colégio. Por extensão a história da educação em Resende.

Claudionor Rosa

Diretor do Arquivo Histórico

Municipal de Resende

terça-feira, 19 de abril de 2011

Todo dia era dia de índio . . .

19 de Abril - Dia do Índio
Índios Puris – Orgulho e Rejeição

Vez por outra ouvimos alguém com visível euforia e orgulho se identificar como descendente de índio puri e que algum membro de sua família – notadamente a avó – foi pega a laço no mato...

Historicamente pode ser, e até que se prove o contrário foram eles, os Puris, os primeiros moradores desta região, onde depois, por volta de 1744 chegou o bandeirante Simão da Cunha Gago e sua comitiva.

Nômades, os índios chamavam esta vasta área territorial de “Timburibá”, em alusão a uma frondosa árvore nativa do local que lhes servia de abrigo em suas costumeiras andanças levando inclusive crianças.

A freguesia de São Vicente Férrer, depois distrito de Fumaça, era o principal ponto de aglutinação daqueles grupos indígenas.

Existe muita polêmica a respeito do processo de desaparecimento dessa gente em nossa região. No entanto com base no ocorrido em outras partes do Brasil, podemos deduzir que os Puris foram dizimados pela desenfreada cobiça do homem branco, para ficar com suas terras.

Apesar da dificuldade de se estudar, a análise deste tema é imprescindível para se entender a história de Resende. Existem vários pesquisadores, a maioria do Rio de Janeiro procurando aqui informações dos índios. Infelizmente encontram muito pouco, sugerimos as obras do dr. João Maia e Alexandre Mendes, disponíveis na Biblioteca Municipal e no Arquivo Histórico Municipal.

Orgulho e Rejeição”

Quem sabe não nos beneficiaríamos adaptando ao nosso cotidiano as práticas de vida dos Puris, por exemplo: na preservação ambiental e medicina caseira. O saber indígena pode nos ajudar a suprir as carências que o modernismo causou ou ainda não supriu.

Mesmo assim, algumas pessoas não vê sentido em se buscar informações sobre os Puris, que aliás chegam a ser rejeitados por outros. “A nosso pedido, um vereador sugeriu na Câmara Municipal que uma das ruas de um novo bairro da cidade se chama-se Índios Puris. Parte dos moradores não aceitaram e o logradouro recebeu o nome de um artista francês”.

Claudionor Rosa

Diretor do Arquivo

Histórico de Resende

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Ponte Velha -" Uma travessia de 106 Anos"

Década de 1940, Foto de Flávio Maia - quando ainda passava carro na ponte...
Flagrante de Hideo Noguti - 1966 - Uma das enchentes que afetavam Resende - 1966
Selo de inauguração da Ponte Dr. Nilo Peçanha - Ponte Velha - 1905

A Ponte Dr. Nilo Peçanha, chamada popularmente de Ponte Velha, construída sobre o Rio Paraíba do Sul, com ferragem da Bélgica, transportada até o Rio de Janeiro de navio e até Resende pela Estrada de Ferro Central do Brasil. Inaugurada com grande festa no dia 16 de Abril de 1905, num 'Domingo de Ramos'.





                                 

quarta-feira, 16 de março de 2011

A história em todos os lugares!

Praça do Centenário - Procissão do Encontro
Praça do Centenário - Monumento do Centenário de Resende
Solenidade do Centenário da Cidade de Resende - 1901
Praça do Centenário

"Marco histórico de Resende"

Chamava-se Largo da Cadeia pois ali funcionou a Cadeia Pública até 1956. No centro da Praça levantava-se o pelourinho, onde eram amarrados os escravos faltosos condenados à pena de açoite. Em 1869 passou a denominar-se largo da Constituição, embora o juramento da Carta Magna outorgada por D. Pedro I não tenha sido prestado neste local e sim na Câmara Municipal. Após a comemoração dos Cem anos de Resende (1901) foi rebatizada para Praça do Centenário.

Essa praça foi palco de grandes acontecimentos: dali partiu a notícia da abdicação de D. Pedro I. Durante a Guerra do Paraguai ali se festejava cada vitória de nossas armas. A Abolição da Escravidão também foi comemorada nessa praça por três noites consecutivas.

Na Praça do Centenário morou o padre Marques, responsável pelo primeiro jornal resendense – O Gênio Brasileiro (1831).

Crônica dos Duzentos anos

Resende 1801 – 2001

ARDHIS

Academia Resendense de História

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Memórias do Carnaval Resendense

Terezinha Chopotó - momentos antes de seu falecimento
em pleno desfile da Escola de Samba Campos Elíseos. Carnaval de 1982.
O desfile de 1982, a exemplo de anos anteriores, superlotou a Avenida Rita Ferreira da Rocha - "Beira-Rio", foi muito concorrido e apresentou o seguinte resultado:
Escolas de Samba
1º Lugar: Unidos do Manejo - 131 pontos Enredo - Se a sorte ajudar, o que vier será 2º Lugar: Unidos de Campos Elíseos - 117 pontos Enredo - Alô Alô Carmen Miranda 3º Lugar: Alto dos Passos - 113 pontos Enredo - As quatro estações na viagem da terra 4º Lugar: Império do Cisne Azul - 110 pontos Enredo - Esplendor da Natureza 5º Lugar: Unidos da Nova Liberdade - 100 pontos Enredo - Pintando o sete
Blocos
1º Lugar: Unidos do Lavapés - 53 pontos Tema: A Praça num domingo de Carnaval 2º Lugar: Mocidade Alegre da Vila Vicentina - 41 pontos Tema: A Gruta dos Amores 3º Lugar: Unidos da Beira-Rio - 34 pontos Tema: Os Heróis do Mar
Terezinha Chopotó e outras pessoas de sua família, além de componente colaborava com a organização de sua escola.
Neste ano, ela veio de destaque "Carmen Miranda", no alto de um carro alegórico.
Quando a sua alegoria passava sob a fiação elétrica, ela se abaixava para evitar que as plumas trazidas na cabeça tocasse nos fios. Bem no meio do desfile e já próximo da esquina da rua Augusto Xavier de Lima (Centro Administrativo da Prefeitura) ela se reclinou, só que desta vez 'arriou' por completo e não mais se levantou. Prontamente atendida, por outra componente daquela escola, a professora Sônia Nogueira, pelo Claudionor Rosa e outras pessoas. Terezinha ainda com vida foi levada para a Santa Casa, mas já chegou morta. Grande parte da Escola, nem ficou sabendo do caso, Sônia Nogueira, ocupou o lugar deixado vago no carro alegórico e a E. S. Campos Elíseos seguiu em frente até completar a sua nobre missão de cantar e dançar, junto com a grande plateia, homenageando a saudosa 'pequena notável'.
Texto de Claudionor Rosa.

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Mano Elói - O resendense baluarte do Samba Carioca

ELÓI ANTENOR DIAS

Mano Elói”

(1889 - 1970)

Mano Elói, nasceu em 1889, na antiga Vila “Boa Vista”, depois distrito de Engenheiro Passos - Resende, onde morava com a sua família nas proximidades da Estação Ferroviária.

Com quinze anos, foi viver no Rio de Janeiro, antiga capital da República, trabalhou como vendedor de balas no Campo de Santana.

Trabalhou na Resistência do Cais do Porto, onde chegou a ser líder sindical, pertencente à Companhia dos Homens Pretos. Junto com Sebastião Molequinho Oliveira, Mano Elói ajudou a levar adiante a tradição de resistência e luta dos negros portuários.

Numa época em que sambistas eram confundidos com marginais, passou a sua juventude percorrendo os redutos de samba da cidade, entre eles o “Buraco Quente” da Mangueira, no Morro da Favela ou no Morro de Santo Antônio. Por diversas vezes teve que escapar de perseguições policiais.

Era sambista partideiro, compositor, incentivador de gafieiras e batucadas. Bamba nas "rodas de pernada", era capaz de derrubar com facilidade o opositor dando uma "banda" ou "rabo-de-arraia". Foi um dos maiores agitadores do meio cultural de negros e mestiços no Rio de Janeiro, exímio passista, instrumentista. Participou da criação das Escolas de Samba da Mangueira e fundou a Escola de Samba Império Serrano.

É nome da Quadra Social do tradicional Grêmio Recreativo Escola de Samba Império Serrano, Madureira, no Rio de Janeiro, numa justíssima homenagem àquele que foi um verdadeiro baluarte do Samba Carioca.

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

A história em todos os lugares!

Rua Albino de Almeida - Década de 1930
perspectiva atual da Albino de Almeida - Calçadão
Albino de Almeida – Calçadão de Campos Elíseos

Albino Antônio de Almeida

Nascido em Resende em 1824, filho de Pedro Antônio de Almeida e Antônia Maria do Espírito Santo.

Casou-se com Francisca de Paula Coutinho, na igreja Matriz de Resende.

O Coronel Albino de Almeida foi uma das figuras mais austeras da época. De instrução elementar, ascendeu a postos representativos da administração resendense: Líder do Partido Conservador foi vereador no quadriênio 1857/1860, deputado provincial em três legislaturas. 2º Juiz Comercial em Resende, em 1871. Grande fazendeiro de café e cana, era proprietário das fazendas denominadas “Retiro”, “Córrego Fundo” e “Pitangueiras”.

Foi nomeado tenente coronel da Guarda Nacional e comandante do 11º Corpo de Cavalaria de Resende em 1872. Foi de sua autoria o projeto de construir a torre da Igreja Matriz, utilizando-se das “Pedreiras da Municipalidade”.

Faleceu em Resende, aos 60 anos, em 1884. Em 1885, foi homenageado em movimento popular, inaugurando o seu retrato, como o primeiro a figurar na Galeria de Honra da Câmara Municipal de Resende e colocado seu nome na principal via pública de Campos Elíseos.

A Avenida Albino de Almeida, localizada no bairro de Campos Elíseos, abriga o "Calçadão", construído na década de 1990. é o centro comercial do município, com bancos, lojas e escritórios.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

A história em todos os lugares!

Foto de Flávio Maia retratando a Rua XV de Novembro
Foto atual da Rua XV de Novembro - vista do bairro Alto dos Passos

Rua XV de Novembro

Antiga Rua Direita”

Quando era chamada Rua Direita funcionou nesta rua a primeira Câmara Municipal de Resende, na casa que pertencia a Manoel Gonçalves, o “Carimbo”, assim apelidado porque sendo analfabeto assinava com um carimbo. Nesta casa (onde hoje existe um supermercado), foi feita a aclamação de D. Pedro I como Imperador. Já no Segundo Império aí se realizaram grandes bailes, nos quais “as damas trajavam opulentas toilettes de gorgorão, levando às mãos e nos cabelos jóias preciosas; e os cavaleiros envergavam os vistosos uniformes da Guarda Nacional ou casacas”, conforme descreve Sodré. Num desses bailes foi servido, pela primeira vez, sorvete.

A histórica rua que dá acesso ao bairro do Alto dos Passos, dá visão panorâmica da cidade de Resende.

Bibliografia: Crônica dos Duzentos Anos - RESENDE 1801 - 2001 ARDHIS - Academia Resendense de História.

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

A história em todos os lugares!

Tácito Viana Rodrigues

    *1901 - + 1994

Nasceu em Resende, filho de Sebastião José Rodrigues e Adelaíde Pereira Vianna.

Engenheiro Civil, formado pela Escola Nacional de Engenharia, estudioso apaixonado, mas extremamente lúcido e analítico, do desenvolvimento de Resende, foi a verdadeira bússola na definição da verdadeira vocação urbana da cidade de Resende.

Os grandes e principais bairros e loteamentos que marcaram decisivamente a ampliação da cidade (Liberdade, Vila Julieta, Bairro Comercial, Vila Adelaide, Vila Moderna, Jardim Brasília), foram de concepção e execução sua. A construção da Estrada Resende-Riachuelo, ligando Resende à antiga estrada Rio-São Paulo também foi obra sua.

Foi com amplo reconhecimento, o maior construtor de pontes neste imenso Brasil, por quase todos os estados.

Foi casado com Brasília de Oliveira Botelho, do casamento nasceram: Antônio Henrique, Vera Lúcia, engenheira, Luiz Henrique e Alfredo Henrique.

Foto da Ponte Tácito Vianna Rodrigues - Lúcia Pires

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

A história em todos os lugares!

Quem foi a personalidade que deu nome a rua ou ao bairro que você reside? a escola que você estuda? o local onde você trabalha? A ponte que você atravessa?

O Arquivo busca alguns dados, você também pode ajudar com fotos e informações.

São nomes de praças, escolas, salas, travessas, avenidas, pontes, vilas e até bairros, mas poucos sabem quem foram esses notáveis vultos da nossa história.

A história em todos os lugares!

Visão noturna da Praça e da Igreja Matriz
Praça Dr. Oliveira Botelho - antigo Largo da Matriz - década de 1930

Francisco Chaves de Oliveira Botelho

*19 de Fev. 1868 - + 1 de Jun. 1943

Resendense (por adoção), Filho do casal Joaquim Antônio de Oliveira Botelho e Brasília Augusta Chaves de Oliveira Botelho. Médico, formado pela Faculdade de Medicina da Bahia. Vereador. Presidente da Câmara Municipal de Resende. Deputado. Presidente da Assembleia Legislativa do Estado do Rio. Deputado Federal. Ministro da Fazenda. Governador do Estado do Rio. Casado em primeira nupcias com Julieta Ferreira de Oliveira Botelho e em segunda núpcias com Djanira Marques de Souza de Oliveira Botelho. (Praça Oliveira Botelho – Centro) a praça principal de Resende, abriga a Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição, Cine Teatro Vitória, o centenário colégio Dr. João Maia e a Escola Santa Ângela. Passou recentemente por uma revitalização. Cenário de manifestações culturais, religiosas, carnavalescas. Foi o primitivo cemitério da cidade, até a instalação, em 27 de dezembro de 1832, do Cemitério Senhor dos Passos, no bairro Alto dos Passos.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Uma vida dedicada a Educação do resendense

Centenário da Educadora Wanda Brasil Sampaio
Dona Wanda, (primeira a esquerda de quem vê) e grupo de alunos
Casamento de Wanda Brasil em 8 de dezembro de 1932 com Lauro Sampaio.
Igreja Matriz de Resende
A educadora Wanda Brasil com alunos numa celebração de Primeira Comunhão
na Igreja Matriz de Resende
Carteira de Salvo Conduto da AMAN -
Academia Militar das Agulhas Negras

Dona Wanda Brasil Sampaio começou sua vida de educadora em uma Escola Municipal localizada no Alto dos Passos, quando muito jovem e ainda solteira. O Sr. Alfredo Sodré, rábula que ocupa lugar de destaque na história de Resende criou o cargo de Inspetora Municipal de Ensino, no início da década de 30, e nomeou Dona Wanda Brasil, que ocupou este cargo até a sua aposentadoria, já no fim da década de 50.

O exercício deste cargo sempre envolveu absolutamente a professora, que achava ser obrigação do mestre não apenas ensinar, mas , também, educar no seu sentido mais amplo, procurando sempre a formação do intelecto e do caráter dos seus alunos e apoiando o professorado de então.

Visitando as escolas da cidade e as rurais, localizadas nos então 8 distritos de Resende, algumas vezes tendo que fazer parte do trajeto em lombo de animais, recebendo e orientando professoras, preparando e comparando estatísticas para melhor avaliar e aprimorar o serviço (todas elas feitas em uma caligrafia impecável, diga-se de passagem) , organizando a primeira comunhão anual dos alunos das Escolas Municipais, preparando as exposições dos trabalhos manuais dos alunos em cada fim de ano letivo , “correndo atrás” de prefeitos e vereadores que pudessem melhorar as condições, nem sempre ideais, de escolas, professores e alunos, assim era a Inspetora de Ensino Dona Wanda.

Numa época em que pouco havia a oferecer em termos de ensino, nada escapava de sua mente arguta, que pudesse ser feito para melhorar as condições de ensino, organizando campanhas, promovendo o aprimoramento cultural do quadro docente, atenta aos problemas sociais de todos, professores, funcionários e alunos.

Pianista exímia, chegou a lecionar piano, depois de aposentada.

A sua preocupação em se doar sempre levou-a a ser, durante muitos anos, tesoureira do Asilo Nicolino Gulhot, função que ocupou até a sua morte.

Extremamente religiosa, católica de comunhão diária, foi , desde que eu me entendo por gente, tesoureira do Apostolado da Oração.

Mulher forte e doce ao mesmo tempo, desempenhou suas funções de educadora, mãe, filha, esposa e pessoa humana de tal forma que marcou a todos que conviveram com ela pela sua firmeza de caráter, doçura no trato, compreensão sem limites das falhas humanas e competência e denodo em todas as atividades que empreendeu.

Nascida em Resende RJ em 24 de julho de 1911.

Filha de José Alves Brasil e Emília da Cruz Brasil.

Casada em 8 de dezembro de 1932 com Lauro Sampaio.

Gerou um filho José Lourenço Brasil Sampaio, médico, vivendo em Brasília, DF, casado com a Prof. Helena Chaves da Graça Brasil Sampaio.

foi avó de: Glauber Brasil Sampaio, dentista, casado com a Dra. Paula Diegues Brasil

André Gustavo Brasil Sampaio, Veber Brasil Sampaio, Maria Isabel Brasil Sampaio.

bisnetos: Yuri e Luan, Vinícius e Vitória, e Maria Eduarda e Guilherme.

Faleceu em 3 de novembro de 1986 (falência miocárdio) em Resende, onde foi enterrada no cemitério Senhor dos Passos.

Fotos do acervo de José Lourenço Brasil Sampaio, filho de Wanda, trechos do texto enviado por ele para o nosso Arquivo em homenagem ao centenário desta educadora, que tanto contribuiu para a educação resendense.

sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Centenário de Flávio Maia - o nosso "fotógrafo do século"

No retrato o fotógrafo, ainda jovem. Flávio Maia produziu grande parte do acervo iconográfico da história de Resende, através de fotografias e pinturas em bico de pena. Neste ano de 2011, estamos comemorando o centenário de seu nascimento.

O Centenário do Fotógrafo de Resende

FLÁVIO GUERREIRO MAIA

1911 – 2011

Nascido e criado em Resende 05 de janeiro de 1911, era o 13º filho (caçula) de antiga e tradicional família resendense, pois era neto do Dr. João Maia, advogado e historiador de Resende.

Filho de Clodomiro Guerreiro Maia e Janina Maia, casado com Doelfa Ferraiolo.

...Berço de ARTISTAS e de heróis...

Frase do Hino à Resende em homenagem a tantos artistas da terra entre os quais se inclui Flávio Maia, que foi fotógrafo e por muitos anos retratou vários momentos importantes na vida de todos nós, como a tradicional foto de casamento, 1ª Comunhão, lembrança escolar e fotos familiares no seu estúdio fotográfico ali na ladeira da Rua Luiz Barreto.

Segundo Serafim Bastos o primeiro estúdio ficava numa portinha embaixo do antigo Hotel Central e, posteriormente, no número 74 da mesma rua.

Flávio aprendeu a arte da fotografia com o amigo Osório Villaça (Osorinho), que era dentista.

Informou ainda, que a técnica sobre ampliação foi da imaginação e criação do Flávio e que para copiar as fotos ele idealizou e confeccionou a máquina própria para esse fim e que ele foi o pioneiro em colorir fotos.

Faleceu em 19 de outubro de 1991.