quarta-feira, 15 de abril de 2009

Ponte Dr. Nilo Peçanha - 104 Anos . . .

A Contribuição do Negro
A exemplo de outras cidades o pesado trabalho braçal de nossas pontes, foi executado por escravos, geralmente sob a administração de portugueses. Obras realizadas através de subscrições, e também quando os proprietários dos escravos ofereciam-nos para o trabalho como forma de integralizar as cotas que eles subscreviam. Era comum se alugar o escravo. De certa forma outras obras locais também foram erguidas pelo mesmo sistema, com a mão de obra escrava: igrejas, santa casa, paço municipal, casa da cadeia e da câmara, estradas... A segunda ponte Até o ano de 1835, a população usava canoas e balsas para atravessar o rio, com risco de vida e outros transtornos provocados pelos altos preços cobrados pelos proprietários daquelas embarcações, serviço explorado por portugueses, festeiros, responsáveis também pela popularização do carnaval em Resende. Em março daquele ano, começou a obra da segunda ponte, que a exemplo da primeira, foi também construída através de subscrição popular, e custou 14 contos, com irrisória participação financeira do governo. O mestre de obras João Lourenço Dias Guimarães administrou a obra, inaugurada no final de 1836, medindo 198 metros de comprimento, 5,50 metros de largura, com pavimento a 6,3 metros acima do rio Paraíba. Durante cerca período cobrou-se pedágio dos usuários. Movimento da ponte em 1886 – 1a quinzena Pessoas a pé: 17.364 Cavaleiros: 1.704 Animais vazios: 528 Animais carregados: 401 Carroças: 517 Carros de bois: 156 Bois: 343 Troles: 20 Porcos: 67 Além de administrar a obra, João Lourenço Dias Guimarães, fez a arrecadação do dinheiro e do material necessário para a sua construção, e ofereceu generosamente do seu bolso significativa quantia. Vereadores da época – 1833 a 1836: Presidente Comendador Fabiano Pereira Barreto, além de Claro Rodrigues de Almeida, João Damasceno Costa, Antônio Joaquim de Godoy Bueno, Antonio Pereira Leite, Domiciano de Oliveira Arruda, Francisco Correia da Costa Nogueira.Também vítima de enchente do Rio Paraíba, foi arrastada no início do século passado, a 29 de janeiro de 1901. Na verdade, esta segunda ponte de madeira estava com o piso bastante arruinado.
Fonte: ROSA, Claudionor. Folhetim Travessia - 100 Anos da Ponte Velha -Abril 2005.
Gravura:Jean Baptist Debret (1768-1848) Serradores. 1822. Aquarela Brasil

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