terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Carmen Miranda

Carmen Miranda, pseudônimo de Maria do Carmo Miranda da Cunha, (Marco de Canaveses, 9 de fevereiro de 1909 — Beverly Hills, 5 de agosto de 1955) foi uma cantora e atriz luso-brasileira. Sua carreira artística transcorreu no Brasil e Estados Unidos entre as décadas de 1930 a 1950. Trabalhou no rádio, no teatro de revista, no cinema e na televisão. Chegou a receber o maior salário até então pago a uma mulher nos Estados Unidos. Seu estilo eclético faz com que seja considerada precursora do tropicalismo, movimento cultural brasileiro surgido no final da década de 1960.
Infância
Carmen Miranda recebeu o nome de Maria do Carmo Miranda da Cunha quando foi batizada no local onde nasceu, a freguesia de Várzea da Ovelha e Aliviada, concelho de Marco de Canaveses, em Portugal. Era a segunda filha do barbeiro José Maria Pinto Cunha (1887-1938) e de Maria Emília Miranda (1886-1971). Ganhou o apelido de Carmen no Brasil, graças ao gosto que seu pai tinha por óperas. Pouco depois de seu nascimento, seu pai, José Maria, emigrou para o Brasil, onde se instalou no Rio de Janeiro. Em 1910, sua mãe, Maria Emília seguiu o marido, acompanhada da filha mais velha, Olinda, e de Carmen, que tinha menos de um ano de idade. Carmen nunca voltou à sua terra natal, o que não impediu que a câmara do concelho de Marco de Canaveses desse seu nome ao museu municipal. No Rio de Janeiro, seu pai abriu um salão de barbeiro na rua da Misericórdia, número 70, em sociedade com um conterrâneo. A família se estabeleceu no sobrado acima do salão. Mas tarde mudaram-se para a rua Joaquim Silva, número 53, na Lapa. No Brasil, nasceram os outros quatro filhos do casal: Amaro (1911), Cecília (1913), Aurora (1915 - 2005) e Oscar (1916). Carmen estudou na escola de freiras Santa Teresa, na rua da Lapa, número 24. Teve seu primeiro emprego aos 14 anos em uma loja de gravatas, e depois numa chapelaria. Contam que foi demitida por passar o tempo cantando, mas seu biógrafo Ruy Castro diz que ela cantava por influência de sua irmã mais velha, Olinda, e que assim atraía clientes. Nesta época, a sua família deixou a Lapa e passou a residir num sobrado na Travessa do Comércio, número 13. Em 1925, Olinda, acometida de tuberculose, voltou a Portugal para tratamento, onde permaneceu até sua morte em 1931. Para complementar a renda familiar, sua mãe passou a administrar uma pensão doméstica que servia refeições para empregados de comércio.Em 1926, Carmen, que tentava ser artista, apareceu incógnita em uma fotografia na seção de cinema do jornalista Pedro Lima da revista Selecta. Em 1929, foi apresentada ao compositor Josué de Barros, que encantado com seu talento passou a promovê-la em gravadoras e teatros. No mesmo ano, gravou na gravadora alemã Brunswick os primeiros discos com o samba Não Vá Sim'bora e o choro Se O Samba é Moda. Pela gravadora Victor, gravou Triste Jandaia e Dona Balbina.

Um comentário:

  1. Muito bom trabalho do Arquivo Histórico através do Tiago Signorini...Exelente iniciativa.
    Esse blog será uma maravilhosa ferramenta para a divulgação da história de nosso município e de nosso país.

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