quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Maria Benedita Gonçalves Martins - A Rainha do Café de Resende - Parte III

A MADRINHA DOS ESTUDANTES Ainda segundo o livro “Mulheres Fluminenses”, Benedita “organizava campanhas, festas, quermesses e bingos, destinando o dinheiro arrecadado à causa do ensino. Doou material, principalmente madeira, emprestou escravos para reformas e construções de salas de aula. Buscou apoio, cobrou soluções de autoridades locais e da Província. Hospedou. Alimentou e até pagou os salários dos professores”. Resende carecia muito de médicos, e há registros de que Benedita ajudava financeiramente muitos dos que iam se formar como médicos e advogados no Rio, em São Paulo. Há também casos de seminaristas irem com sua ajuda para Ouro Preto, Diamantina, Mariana e outros seminários de Minas. Quando retornavam, eram recebidos com festas no palacete. Benedita entrou também em polêmica com a igreja e os católicos porque defendia a tese de alguns médicos europeus e brasileiros que achavam errado enterrar os mortos no interior e arredores das igrejas. Ela defendia a construção de um cemitério longe da zona habitada da cidade, o que acabou conseguindo, em 1832. Colaborou também decisivamente para a construção da Santa Casa de Misericórdia, em 1835, que ainda hoje funciona em Resende. Certa vez, acusou a Santa Casa de não querer assistir os presos que cumpriam pena na cadeia local.

Nenhum comentário:

Postar um comentário